Contexto

O Projeto Capacitando em Tecnologia oferece oficinas gratuitas sobre diversas áreas da tecnologia da informação. Mas eles não tinham um local onde os alunos pudessem acessar materiais, tirar dúvidas ou acompanhar as novidades. A solução precisava funcionar para um público de idades diferentes e que não possuem conhecimento técnico.

Meu Papel : Product Designer

Duração: 6 Meses (Abr/25 - Out/25)

UX RESEARCH

Antes de desenhar, precisava aprender

DESK RESEARCH

Após a aula, vem o esquecimento.

Fomos entender por que o aprendizado não continua. Ficou claro, não é por falta de vontade, é por falta de estrutura.

Reforçamos que a exclusão digital no Brasil ainda atinge fortemente públicos periféricos, 1 a cada 5 brasileiros não possui acesso adequado à internet ou dispositivos.

Esses insights mostraram que a solução precisava ser mais que funcional, precisava ser intuitiva, leve e acolhedora.

ANÁLISE DE COMPETIDORES / COMPETITOR ANALYSIS

Quem já tenta resolver? E onde falham?

Para entender o que realmente funciona, fomos para a análise de semelhantes: ONGs; instituições sociais; sites educacionais gratuitos. Precisamos entender não só o design, mas as escolhas que essas equipes fizeram ao construir suas experiências, além de avaliar a aplicabilidade ao público-alvo do projeto.

Como resultado, chegamos a seguinte conclusão: Plataformas já existem. Mas pra quem? Sites cheios de boas intenções que não funcionam na prática. Querem ensinar inclusão digital com layout pensado pra quem já tá incluso.

FORMULÁRIO / SURVEY

Validando as hipóteses

Também buscamos entender onde os usuários acessam conteúdo, que dificuldades encontraram e o que esperariam de uma plataforma feita pra apoiar seus estudos.

Redes sociais, sim. Estudar on-line? A maioria nunca fez. Mas toparia, se fosse simples.

Com esses dados na mão, temos uma visão real de quem a gente quer alcançar. Porque inclusão, nesse caso, começa ouvindo. E simplificar não é reduzir: é respeitar o ponto de partida das pessoas.

67%

Utilizam o celular como pricipal meio de acesso a ineternet

100%

Relataram algum problema para conseguir estudar de forma remota em casa.

PRIORIZAÇÃO

Mapeando o caminho

Foi aí que surgiram as perguntas que incomodam mais do que respondem. Como tornar simples o que hoje parece um labirinto para quem nunca estudou online? Essa questão não busca soluções rápidas, e revelava o contraste entre expectativa e realidade.

Não dava para fazer tudo ao mesmo tempo. Foi na priorização que o projeto ganhou clareza. Muitas funcionalidades são boas, mas não urgentes. O que não podia esperar era o básico: acessibilidade real para quem depende disso, navegação ultraguiada, linguagem simples. A escolha era óbvia, antes de falar em motivação, precisávamos garantir fidelidade.

A Hipótese:

"Acreditamos que oferecer um painel de ajustes visuais resultará em maior permanência de adultos e idosos com baixa escolaridade, porque acessibilidade digital ainda é insuficiente nas plataformas existentes."

MOODBOARD E UI FINAL

A tela final é só a materialização da ideia inicial: acesso para todos.

Sem estrutura clara, iniciantes se perdem em labirintos digitais. Botões escondidos e navegação opaca viram armadilhas. Se breadcrumbs e botão voltar forem persistentes, o caminho deixa de ser confusão e vira autonomia.



Fonte pequena, contraste fraco, espaçamento apertado. Acessibilidade ainda é luxo em muitas plataformas. E se houvesse um painel de ajustes visuais? Acreditamos que adultos e idosos permaneceriam mais tempo, porque enxergar não deveria ser privilégio.

Tela exibida no teste

TESTES DE USABILIDADE

Validando as hipóteses

Aplicamos um teste de 5 segundos nos alunos das oficinas para avaliar como eles descreveriam o site e também se eles estavam conseguindo encontrar onde os materiais das oficinas seriam baixados.

As respostas sobre para quem o site parecia ser feito oscilaram entre "jovens" e "qualquer pessoa". Esse contraste mostra que o site passa uma sensação de inclusão ampla.

89%

Disseram que se sentiriam confortáveis explorando outras seções.

40%

acharam o botão “Acessar materiais”. Esse dado é crucial e deve ser visto.

TESTE A/B

Reafirmando o compromisso com a simplicidade

Visto que grande parte dos alunos não conseguiram encontrar o botão de "baixar materiais" em poucos segundos, refizemos a organização da página inicial para destacar essa jornada. O resultado foi extremamente positivo.

Próximos passos

  • Priorizar modo offline (se não funciona sem internet, não funciona pra quem mais precisa)

  • Realizar a documentação do design system, integrando com a identidade visual do projeto

  • Continuar ouvindo (cada problema dos usuários é uma aula sobre inclusão digital)

Aprendizados

Acessibilidade não é checklist. É sobre entender que design precisa ser orientado, porque simplificar não é reduzir. É respeitar o ponto de partida das pessoas.

Este projeto foi minha introdução pessoal ao mundo do design de produtos. Me ensinou que boas intenções não bastam. Sites "para inclusão" muitas vezes excluem. A diferença está em ouvir primeiro, desenhar depois.

Links e atalhos

PDF Portifólio

Rio de Janeiro, Brasil

GUILHERME DELARRY©

Links e atalhos

GUILHERME DELARRY©

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